05 jan Como anda seu tempo?

Te convido a pensar sobre como tem lidado com seu tempo. Se surpreenda com o que vai descobrir. Recentemente fiz um teste chamado Tríade do Tempo, que apontou como tenho usado meus esforços e energia para os compromissos cotidianos. O resultado causou-me surpresa e uma certeza: nós facilmente perdemos o controle da nossa vida. Todos – sem exceção – lidam com situações importantes, circunstanciais e urgentes no dia a dia. Entenda como importante aquilo que realmente faz sentido, que contribui para o bem-estar, a satisfação pessoal e a harmonia. Circunstancial é o que surge como demanda e vamos absorvendo como compromissos e obrigações. E urgente é o incêndio que apareceu, que precisa ser resolvido sem demora, que torna nossa vida um pronto-socorro, tudo que chega é pra já.

Na vida moderna são raras as pessoas que conseguem ter consciência de como lidam com o tempo. O automatismo tem feito com que a gente ache normal que as 24 horas não sejam suficientes. É sinal de que erramos a mão nas prioridades. Sabe qual foi meu resultado no teste? Circunstancial, urgente e o importante ficou por último. Algo precisa ser feito! A consciência desse cenário é o primeiro passo. Em algum momento temos de pensar nisso. Que não seja depois de adoecer!

Tem uma historinha de autor desconhecido que nos facilita compreender o assunto: o Jarro da Vida. Em uma sala de aula, o professor coloca um jarro sobre a mesa e deposita ali algumas bolas de golfe. Ele pergunta aos alunos se o recipiente está cheio. Todos respondem que sim. O homem então enche de pedriscos. Coloca agora uma generosa porção de açúcar. Coube tudo, apesar da aparência cheia. Sorrindo para a turma, ele volta a questionar se cabe mais alguma coisa no jarro. Aparentemente, é óbvio que não! O professor pega então seu cafezinho que estava em cima da mesa e despeja lentamente, cabendo todo o líquido sem derramar.

O jarro é a nossa vida. As bolas de golfe são as coisas mais importantes (família, saúde, amigos, valores), que se todo o resto faltasse ainda assim nossa vida estaria preenchida. Os pedriscos são as coisas que acumulamos (casa, carro, emprego, objetos). E o açúcar é todo o resto, é o nosso cotidiano. Pode até caber tudo na vida, mas a relevância está na sequência. Se colocar as pedrinhas pequenas primeiro ou o açúcar, depois o resto, não será possível preencher totalmente o jarro. É sinal de que não estamos sabendo lidar com o que é importante. Ao usar toda a energia nas coisas pequenas, nos faltarão fôlego e espaço para as maiores. Coisas doces para nos distrair não faltam! O que precisamos é melhorar nosso foco, aprender a dizer “não” quando necessário para que o “sim” nos proporcione o que é realmente valioso e edificante. Não é simples, mas é possível!